quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Uma inspiração do amor



Hoje eu procurei por algumas inspirações, pois queria que esse texto fosse especial, então fiquei horas olhando para o nada, esperando... Olhei para as pessoas, olhei para a natureza, vi a chuva, os pássaros e depois olhei para mim... E fiquei esperando. Nada aconteceu, porque não é assim que ela vem. E sempre é diferente. Não custa tentar...

Dessa vez eu estava procurando algo mais interessante, para o começo. E nada me ocorria.

Procurei por notícias. Tentei achar esperanças nesse mar de guerras. Ainda não consigo entender porque fazer guerra em pleno século XXI. Não entendo porque fazemos guerras quando podemos compreender todas as línguas, deciframos hieróglifos, descortinamos culturas antigas e nosso próprio DNA, mas fazemos guerras como seres primitivos defendendo pedaços de terra, sem entender que nós vivemos todos num lugar só. E nada aqui pertence a ninguém. É tudo no máximo emprestado. Emprestado para uma jornada curta, e o que fazemos é usar tudo para destruir. Destruindo o que não é nosso, afinal.

No entanto, eu só queria falar de esperança.

Então voltei a olhar para as pessoas. E me lembrei daquele sentimento único, que faz tudo acontecer, que move montanhas, que faz poesias, que traduz emoções, que causa lágrimas e sorrisos. Você pode me chamar de careta, mas no final o que realmente importa é o amor.

No meio de tanta violência, há o amor. Há uma mãe que chora por seu filho que talvez não vai voltar. Há um homem que procura sua mulher nos escombros.

O amor não enche barriga. Mas ele ajuda a suportar a fome. Porque a cumplicidade pode não durar, mas a mãe que olha pelo filho e o esposo que cuida da família tenta manter a racionalidade o máximo possível, pelo amor.

Quando há amor, há facilidades. Quando amamos o que fazemos, nosso trabalho é mais fácil. Todo mundo queria fazer o que gosta. Mas não faz, por quê? Se você não pode mudar, ou não quer, então, ame o que você faz mesmo assim, talvez seja exatamente o que você tem dom para fazer.

O mundo está amargo demais para amar?
Não acho. Essa é a nossa chance. Nossa chance de melhorar. De acreditar. De terminar com as guerras. De acabar com a fome. De descobrir as curas. De perdoar. De amar o próximo.

Segundo Henry Ford: “O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.” E eu acrescento e com mais amor.

Próspero Ano Novo!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

EXCELÊNCIA



[Do lat. excellentia.]
S. f.
1. Qualidade de excelente; primazia.
2. Tratamento das pessoas de alta hierarquia social, dado também a senhoras. [Abrev., nesta acepç.: Ex.ª.]
3. Bras. Cantiga de velório em uníssono, sem acompanhamento instrumental: & [Var. (bras., N.E., pop.), nesta acepç.: incelência. ]

- Por excelência.
1. No grau mais alto; com primazia; acima de tudo.

Nesses últimos dias, estive pensando sobre a importância de se ter excelência. Como as pessoas não se preocupam muitas vezes com os pequenos detalhes. Porque os pequenos detalhes fazem, sim, toda a difenrença. Ontem vi uma reportagem sobre um homem que monta uns bonequinhos muito fofos para o natal, são coisas muito lindas, na reportagem ele comentou que o mais importante eram os detalhes, porque eram com eles que as pessoas se encantavam, com os sapatinhos minúsculos e bem feitos...

Enfim, a perfeição necessária parte dos detalhes, o detalhe que falta para fazer a diferença. Isso é o que diferencia os profissionais, dos melhores, dos mais importantes, os detalhes que cada um constrói ao longo do caminho.
Há também um lado ruim. O excesso. A busca desenfreada pela perfeição.
Pelo detalhe da beleza, a China nas olímpiadas usou uma cantora mirim "bonita" Lin Miaoke, (primeira foto) para dublar a talentosa cantora mirim Yang Peiyi(segunda foto), por ser feia.
A China foi criticada, corretamente, por todo o mundo, mas há uma hipocrisia aí. Ninguém vê que em cada lugar isso se repete em nome da beleza? Mas a questão não é essa.

A questão é que agora a China decidiu proibir todo o tipo de dublagem , alegando justamente a necessidade de excelência.

"Primeiramente, tenha o 'cantar-de-verdade' como sua prática padrão e escolha apenas os artistas que podem realmente cantar. Ponha, firmemente, um ponto final à dublagem”, afirmou o oficial da SARFT Zhao Huayong num comunicado publicado no site do departamento.
Agora, eles entendem a dublagem como um ato de enganação, portanto, um crime.
Proibir, é sempre um ato desesperado e nesse caso parece muito abstrato. Mas o que não se proibe na China?

É necessário estar atento para os pequenos detalhes, é importante ter em mente uma boa meta, mas é bom saber quando parar e mais importante ainda quando tudo é real.

Daquele horrível incidente saíram duas crianças feridas, com seus defeitos reforçados mundialmente, uma bonita e sem talento e outra talentosa porém feia. Nenhuma superou a outra. Pois uma não apareceu, mas a outra não cantou.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A voz da consciênscia




Hoje, sem querer querendo, fiz uma análise de mim. E percebi que não mudei muito meu comportamento nos últimos dois anos. Eu realmente amadureci. Mas ainda tenho vícios e manias desnecessários... Coisas que preciso mudar. Que me incomodam. Porque se existe alguma coisa em nós que não nos faz feliz, acho que devemos nos esforçar para melhorar, para viver melhor. Ainda mais hábitos. Tive que rir de mim. Porque de repente eu estava me cobrando para ser mais segura, e não percebi que haviam mudanças mais urgentes e mais simples, por exemplo, eu preciso ser mais calma, mais concentrada primeiro. Pode parecer bobagem, mas existem detalhes que fazem a diferença. Não é fácil mudar, porém é necessário começar.
Como dizem, é importante se olhar no espelho todos os dias e perguntar: "Eu gosto de você?"
Se a resposta for negativa, algo não está bem, então é necessário mudar alguma coisa. E é preciso cuidado com a voz da consciênscia...

sábado, 29 de novembro de 2008

Eu não falo mais de você



Um coração quebrado, não é nada além de nada... Um dia eu parti e deixei uma pessoa, não que eu não soubesse o quanto isso dói, porque eu sofri também e muito, porque ele também não lutou pra ficar comigo, apenas me assistiu partir...
Hoje, o que vejo são pessoas indo...
Estou cansada, exausta, preciso de de amparo, e nada me ocorre e nada pra mim é suficiente... Mas não quero o amor de ninguém. Quero aquele, sobre medida pra mim... Quero voltar a sonhar junto, quero mudar um pouco esse jeito tão crítico de ser...
Pensamentos confusos para um sábado chuvoso...

"Please don´t walk away"...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um parecer sobre o desastre


Em momentos como esse, a gente realmente quer acreditar que tudo vai ficar bem. Apesar de dúvidas e reflexões estranhas sobre o futuro, de alguma forma, uma solução TEM que surgir.
Falta água para beber, falta comida, falta dinheiro, falta meios de ter dinheiro, falta luz, não importa o mundo estar globalizado e avançado e tecnologias. Falta.
"Tem pessoas da família que não sabemos se estão vivas", relata morador.
Conforme a poeira vai baixando, o momento de dúvida volta e novas perguntas se formam. Onde está todo mundo?
Lula, está sobrevoando tudo. Lá de cima, perto do céu, vê toda a crise, quem sabe o que se pode fazer...?!
Em um dia você dorme, sabendo onde todos estão, onde tudo está, no outro, não sabe mais quem é você. Um simples desabrigado, ilhado, afogado, não-identificado ou não encontrado, depois vira um número, aproximado, talvez não contado... E por que não aconteceria com você?

Foto: Imagens de Balneário Camboriú (SC) feitas pelo leitor da Folha online, Everton Barneche Cardoso

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fuck you!!!



Você tem uma opinião sobre minha personalidade?
FODA-SE!
Agora, se quiser discutir assuntos banais, sem preconceitos ou julgamentos, puxe uma cadeira...
Às vezes eu acho que vou ficar verde quando estou com raiva...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sono maldito!!!




Fim de ano, que época estressante e cansativa...
E ainda tem provas, provas, provas e mais provas...
Sabe, eu gostaria de não sentir sono, mas quando eu menos preciso sentir sono parace que viro, sei lá, uma "zé soninho", eu caio na cama e estou em coma, só acordo no outro dia...
Isso é um saco!
Porque eu perco muito tempo, perco tempo pra estudar e depois fico me sentindo culpada...
this is a crap!
Eu poderia ser uma pessoa mais fácil, essa é uma resposta lógica e plausível. Mas não sou... Não que eu não tente, mas é que estou com muito sono agora...
Goog night.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Acidente



Andei pensando em alguns problemas que enfrentei e alguns que estou enfrentando, e cheguei a conclusão de que não existe motivo algum pra alguém sentir inveja de mim. Não existe ninguém que tenha essa coragem. Sou um pouco dramática demais, e às vezes me faço de vítima, mas qualquer um concorda comigo, que um acidente de carro no mesmo dia que coloco o mesmo carro pra vender é um tanto irônico. Graças à Deus, eu e minhas amigas estamos bem, o carro, não anda. A moto, que atravessou o sinal vermelho, não anda, o motoqueiro, também não. Ele também está vivo. Ainda bem, claro.
Bom, acredito, então, que ninguém sinta inveja de mim. Mas vem um sentimento estranho das pessoas. Um desejo que eu me sinta péssima e miserável pra sempre. Um ódio pela minha, às vezes falsa, capacidade de superação. Eu não compreendo.
Mas também existem muitas outras coisas que eu não compreendo. E muitas outras que vou continuar sem compreender.
Revejo meus textos, e vejo que hoje eles são mais complexos que antes, deve ser chato me ler, e também têm mais perguntas. Estou em busca da perfeição, mas a verdade, a mais pura e límpida verdade, é que eu não sei se vai dar tempo, pode ser que um dia termine tudo aqui, inacabado, incompleto, inacessível, imperfeito. E nem por isso deixará de ser belo...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Prova, preguiça, eleições...



Tenho uma prova daqui a pouco...
Estou aqui lendo sobre a vitória de Obama... Supresa... Mas todos ditam bons ventos... Sorte.
Estamos todos confiantes e eu mais curiosa...
E tenho prova daqui a pouco... Que preguiça de estudar...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Eagle....




Existem coisas que fazemos que não faz sentido nenhum... Que é totalmente desprovido de sanidade. Mas somos pessoas normais. Seguimos o padrão. Estamos com a maioria!
Porém, são coisas sem sentido.
Por exemplo, você liga para aquela pessoa naquele horário específico, para lhe falar um MONTE, porque sabe que ela não vai atender, ela atende, após alguns segundos de vácuo e antes que ela te reconheça pelo seu contato físico com o telefone você desliga.
Eu nunca fiz isso. É sério!
Algo realmente sem sentido, foi comprar essa caixa de grampo. CINCO MIL GRAMPOS! Eu nunca vou grampear cinco mil folhas a minha vida inteira!!! A não ser, que eu me empenhe só pra isso!
Era barato. Estava na promoção. Que doideira de justificativa é essa?
Já se passaram um ano desde então. E eu usei a primeira fileira, aproximadamente 10% da caixa. Eles realmente arrumar os grampos nessa caixinha... Ficam apertadinhos, escondidinhos, ou será que eles procriam?
Pra que eu comprei cinco mil grampos?

Amor incondicional



PARA ENTENDER
Li esse livro em dois tempos, mais da metade antes de dormir, e o resto no outro dia quando voltei da aula. Uma leitura doce, agradável e triste.
O mais atraente desse livro, é o amor. Posso senti-lo ainda, transbordar de suas páginas. Como um ser humamo pode amar outro, tão intensamente?
Você pode imaginar que uma história triste, como uma mãe que perde o filho, só possa lhe trazer desconforto e angústia, mas essa leitura lhe traz vida. Para você saber que pode existir luz nas trévas. A mãe carrega uma alma de sofrimento mas não de desistência. E ela escolhe amar. E transborda amor.
Eu estudo tantas doenças e vejo tantas tragédias, em certos momentos, nos perguntamos, por quê? Pra quê? O que essa pessoa fez para merecer tanto mal?
Mas para Sofia, apesar de todo "mal", ela foi extremamente abençoada pela mãe que recebeu, que lhe deu tanto amor que superou tantas dores.
Que todos fiquem em paz...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Yes, no comunication.



Como é difícil ser outra pessoal. Ser outra coisa. Não ser.
Por mais que a gente saiba que tudo é errado, em um ou dois momentos da nossa vida tendemos a fazer coisas para impressionar outra pessoa. Que ridículo! Mas fazemos.
Não sei porque.
Insegurança, talvez.
Mas é tão cansativo, desgastante, é muito mais fácil ser original.
São menos senhas. Menos nomes fictícios. Menos mentiras...
Não sou louca, nem maníaca... Eu acho.
Mas acho que estou pronta pra deixar meu pseudônimo.
Que é de fato real, mas chega de me esconder pra falar o que eu realmente penso.
Não me preocupa mais com alfinetadas, com as escolhas alheias.
Definitivamente você tem que gostar de mim, do jeito que eu sou.
E se não entendeu... Não posso fazer nada... É meu mundo. Minha linguagem de expressão. Ponto final.
Yes, no comunication.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Dog days just begun...


Nesses últimos dias parece que acordei de um coma. Não que eu possa imaginar de fato como deve ser, mas nós seres humanos irracionais temos intrínseco em nossa natureza dar palpite em tudo quanto é experiência alheia. Não sou diferente disso.
Tive uma sensação parecida, há alguns anos. Acho que foi quando virei mocinha. É uma mudança importante em nossa vida. São tantas transformações e hormônios. Eu me sentia outra pessoa. Às vezes, um monstro.
Não explicações fisiológias, ou patofisiológicas para agora. E estou no meio da mudança, o que é tão turbulento.
Todo esse mar de estranhamento se misturou com um acontecimento estarrecedor hoje.
Estou absolutamente estressada, assustada, perplexa com a capacidade competitiva dos estudantes de medicina.
A falsidade.
Conversei por mais de vinte minutos com um menina da minha sala sobre a formação dos novos grupos. O que eu não sabia, é que eles já estavam formados e eu estava fora. E ela sabia. E agia como se não soubesse de nada. Me deixando discursar sobre a relação e a convivência humana por todo esse tempo.
Em que lugar do mundo eu parei, onde a condição de respeito humano não existe mais?
É, eu sei o que vocês pensam. De qual respeito humano estou falando, afinal?
Depois de cinquenta e quatro alunos se reagruparem sorrateiramente só consigo ficar imaginando como não foi estapafúrdia a infância desses mauricinhos mimados.
E quando se trata de assuntos importantes e maiores. Como o bem estar do nosso hospital-escola, os miseráveis são INcapazes de se organizar tão bem!!
Agora, estou largada para um grupo qualquer, nem sei qual.
Mais sensações virão...
Dog days just begun...

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Pensamento do dia:

"Vale sacrificar sua qualidade de vida, para se vingar do câncer e com isso, consumir suas últimas energias?" ---> Quando não há cura.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Eu tenho um protesto

A quem interessar...
Eu tenho um protesto

Disseram para me calar. Disseram que não valeria à pena. Eu mesmo acreditei nessas mentiras. Já me perguntaram se simplesmente escrever gerava alguma ação...
Agora eu me lembro que nada pode ser mais poderoso do que a palavra bem empregada. E mesmo assim, ainda fazemos guerras... Mesmo nos considerando civilizações avançadas, mesmo acreditando na ciência, na tecnologia, e em Deus.
O que tem haver? Hoje, eu tenho um protesto.
Cada um tem seu motivo para escolher sua profissão, nobre ou não. Isso não é da minha conta. Mas está bem claro pra mim, que escolher medicina faz com que a sociedade nos veja com mais dignidade, porque a partir desse momento estamos abdicando de boa parte da nossa vida para cuidar do outro. Tudo o que você aprende é para tratar do outro. O mínimo de compaixão, acredito, é necessário.
Não é novidade que o sistema de saúde no Brasil não garante o mínimo necessário para compaixão. E por isso, aprendemos que devemos escolher quem merece o único leito disponível. E quem se responsabiliza pelos que ficaram sem leito? E se faltam médicos? E se faltam exames? E ainda, e se falta compaixão? O paciente deixa de ser um ser humano e passa a ser um “problema” e vai sendo transferido de especialidade...
E você, doutor, deixou a sua família para cuidar da família de outro. Deixou seu filho, para salvar a vida do filho de outro, deixou seu marido/esposa para salvar a vida de outro. Você esqueceu os seus problemas, para transformar essa vida em outro problema?
Não seria mais fácil todos se ajudarem? Porém o mais fácil parece um caminho árduo, porque é trilhado no caminho da mudança.
Eu só estou começando, ainda acredito num mundo melhor, acredito em sustentabilidade, e vi muitos desistirem.
Vi um lugar onde a excelência de ser médico não existe para muitos profissionais, e pessoas que tentaram mudar essa realidade foram caladas ou foram embora. Porque não quererem manchar suas mãos seus diplomas, por nada.
Esse protesto é para acordar a compaixão desse país, “abençoado por Deus?”. É para pedir que se mantenha em mim a necessidade eterna da mudança, porque o abandono também não resolve, apesar de às vezes, nada ser mais digno.
Esse protesto é contra a nossa obrigação de “puxa-saco”. É para nos fazer lembrar que precisamos acreditar que nossas vozes podem ser ouvidas. Só precisamos gritar as palavras certas. Não vestir camisetas “no-sense”, arriscando perder o que podemos ter de melhor, o orgulho de ser médicos. Porque ainda podemos nos orgulhar de sermos bons em cuidar dos outros, em amparar, compreender, dar qualidade de vida e qualidade de morte, porque está na nossa mão conduzir o cuidado, mas ainda assim precisamos dos outros profissionais.
Protesto para lembrarmos como é importante cada professor que temos, como cada um deles nos torna aquele profissional que seremos. Então, protesto por essa instituição perder um dos melhores mestres em ensinar que já tive. Alguém que me mostrou além da necessidade dos conhecimentos teóricos, também o amor em trabalhar, alguém que trata seu paciente como igual, me ensinando o verdadeiro significado da compaixão. O professor Fernando Bellíssimo lutou pelos ideais dos alunos e dos pacientes, não há palavras para descrever essa injustiça.
Esse protesto é para pedir, a Deus talvez, que olhe por nós, para que eu não mude meus ideais, por nosso Hospital-Escola que tanto necessita da sua abençoada atenção, já que aqui, NINGUÉM “pode” fazer nada.

domingo, 27 de abril de 2008

Paris, 1941



Hipocrisia... Eu já fui hipócrita! E não me orgulho disso, mas também não me envergonho de ter mudado algumas opniões, de aprender e recuar... E sempre que necessário, peço desculpas...
Não adianta apagar o que fizemos, não adianta simplesmente não comentar, ou queimar as fotos que registraram o envento, às vezes não adianta nem se desculpar... Nada enfim, apaga o que foi dito, feito, ou não feito. Nada.

Só nos resta, então um consolo, melhorar... E mesmo assim, chegamos a precisar cometer o mesmo erro mais de uma vez.


Há uma exposição de fotografias causando polêmica na França.
São fotos tiradas pelo fotógrafo francês André Zucca, retratam Paris durante a ocupação alemã.
Eu vejo provas dos acontecimentos.
O grande problema é que nas fotos aparecem pessoas despreocupadas e felizes. Não se vê os aspectos dramáticos vivido no período, como as longas filas de espera em frente às lojas de alimentação ou a perseguição e deportação de judeus.


A história:
As fotos foram tiradas para a campanha nazista.


Hoje, em pleno século XXI ainda é necessário explicar,em miúdos, a arte.
O grande problema, pelo o que eu entendi é que não mostra os dois lados da moeda. Havia sofrimento, mas também não havia, porém havia sofrimento!
Querem cancelar a exposição. O que há de tão temeroso em se mostrar a verdade??


Essas são fotos da exposição. Tirado daqui: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080424_parisocupadaexpodf.shtml
Apagar essas fotos não apaga o que aconteceu, existiam pessoas despreocupadas com a vida. E deixar elas para exercer sua função de reveladoras da verdade, não apaga o fato de que existiu sofrimento na época. A grande importância é saber, o que você vai fazer com a informação, depende de você.

quinta-feira, 20 de março de 2008

O UNIVERSO E O PORQUÊ

O UNIVERSO

Assista esse incrível vídeo We Are Here: The Pale Blue Dot ("nós estamos aqui: o pálido ponto azul"), no qual o astrônomo Carl Edward Sagan narra alguns dos pensamentos que lhe vieram à mente quando viu a famosa foto que a sonda espacial Voyager 1 tirou do planeta Terra, a uma distância de mais de 6 bilhões de quilômetros.




Foi daqui que eu tirei o vídeo.
Eu não tenho mais declarações sobre o filme, ele ainda te faz pensar na insignificância daquela briga, daquela raiva, daqueles "problemas"...

O PORQUÊ
Por que você escreve? Você não vai mudar nada!
Um dia, postaram em um dos meus textos, que tudo o que eu sabia fazer era falar... Que o que mais importa são ações...
Não duvido.

A fundamental importância que me faz escrever, é acreditar que eu posso formar idéias, eu posso formar inteligência, formar pensamentos... Você pode não ver nenhuma ação nisso, ou mudança. Mas cada interrogação que você se fizer, toda vez que você aprender sobre algo, toda vez que pensar de uma forma diferente, isso foi uma ação.

Porque só uma coisa pode mudar alguma realidade, a informação = conscientização.

O motivo desse blog, é eu poder escrever sobre a liberdade de pensar! Quem, exerce essa liberdade??

Escrever, é o motivo egoísta da minha essência, mas é também uma maneira de ajudar, porque eu não faço apologias à diminuição do QI, eu rogo pelas mentes de pessoas como eu, pois como eu discuti hoje com minha amiga:
o futuro está nas mãos da classe média, que tem acesso a internet e todo meio de comunicação e ensino, porque deles dependem pensar e lutar por uma política melhor, infelizmente, estes estão entretidos com a "dança do créu" e o BBB.

sábado, 15 de março de 2008

Por amigas preciosas que tenho, parem de fumar!!

Todos nós temos sonhos, sonhos irreais até... E sempre algumas pessoas nos dizem que eles nunca vão se realizar, esteja certo que essas pessoas não são seus amigos. Porque amigo que é amigo, confia em você. Amigo que é amigo, mesmo você ficando em 2.000º lugar em medicina no vestibular da VUNESP não te desanima: “Você vai conseguir.” Amigo que é amigo, mesmo quando o cara não olha pra você, ainda te consola: “Mas você já conversou com ele?” Mesmo você esgasgando permanentemente naquele frase: “T.A. é... T.A. é Tabagistas... O que é mesmo?” Mesmo assim eles acreditam que você possa ser um bom orador.
Foram amigas desse “naipe” que acreditaram em mim, que no meu pior momento de oradora, acreditaram que eu poderia representar alguma coisa, e acreditam no meu sonho e pior, incentivaram. O que seria da minha vida se não fossem minhas amigas?
Só posso dizer uma coisa: eu, definitivamente não estaria aqui. E agradeço a todos que passaram na minha vida até hoje.
Enfim, o fato é que a apresentação se sucedeu, eu não engasguei, fui até fluente, riram das minhas piadas, o que não é de se esperar, mas... Sempre tem um mas... Mas teve uma pergunta... Aquela pergunta... Que a Nikita, brilhantemente respondeu... E depois, teve outra pergunta, e foi a vez da Paula, e por fim, eu também me soltei... Estávamos em casa... Foi uma apresentação perfeita. Muitíssimo elogiada.
Quisera eu, poder encontrar palavras para agradecer a confiança das minhas amigas em mim...
Faltam palavras...

Para a apresentação surgiu um vídeo, de conscientização, espero poder ajudar à todos...
PAREM DE FUMAR!!!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Liberdade da Diferença!

E por falar em liberdade, vamos falar da liberdade da diferença...
Copiar é para os fracos!
Ok, nada tão extremo.
Mas vale de alerta para as nossas crianças, nós estamos fazendo uma sociedade doente para vocês: ditadura da beleza, da moda, da tecnologia, do dinheiro, da fama... Atributos necessários para ser feliz, que parecem ser impossíveis de alcançar.
A Dove, corajosamente está promovendo campanhas de conscientização sobre o marketing. Até onde esse padrão de beleza é possível de alcançar? Necessário? Por que distorcer tanto a beleza? A busca irreal pelo perfeccionismo no photoshop...
“Converse com a sua filha, antes que a indústria da beleza o faça".


Essa é a frase presente no vídeo da marca. Faz pensar.
Na escola a criança sofre a maior dificuldade por ser diferente, porque a sociedade não é preparada para aceitar a diferença, criamos pessoas frustradas e infelizes.
Na TV, nas revistas, na Internet, não é diferente, e pior, não é real.
Precisamos repensar os nossos padrões de beleza, precisamos incentivar a diversidade, a individualidade, a diferença... Não padrões de estética para vender marca.
Esses padrões de belezas escabrosos que são expostos: mulheres magérrimas, desnutridas, doentes, morrendo...
O que é ser bonito? Quem decide o que é ser bonito?
Nós compramos a marca. Quanto influenciamos nessa ditadura?
É, meus textos voltaram a ter muito mais dúvidas do que afirmações...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A Tropra, a Elite e a Favela


Há um tempo um amigo meu me pediu para tecer um comentário sobre “Tropa de Elite” o filme, sabe agora esse meu amigo que não sou muito boa com promessas. Calma João... rs
Não se falava em outro assunto e nada em particular me ocorria. Não tinha, na verdade, uma opinião formada. Às vezes me enchia de raiva e queria que a polícia saísse “pegando” os traficantes. Entendo que violência gera mais violência, e foi o que confirmei por uma reportagem na revista Superinteressante sobre o assunto, onde ela aponta que a criminalidade e o homicídio aumentaram no Rio de Janeiro com a implementação da polícia mais violenta, como o BOPE, e diminuíram em São Paulo, que partiu do pressuposto contrário.
Em meio às guerras que se formaram nas favelas entre policial e bandido, e pessoas inocentes morrendo, não deveria ser com punho de ferro que se resolveria tudo.
Às vezes ainda tenho raiva.
O filme foi um sucesso no Brasil, eu particularmente gostei muito. Bem dirigido, bem escrito, emocionante, com violência apelativa, típico filme hollywoodiano.
Hoje o que mais me chamou atenção é que ele está concorrendo ao Urso de Ouro, e a crítica dos gringos foi massacrante.
Não vi claramente críticas sobre o filme, em termos de filmagem, direção, atuação, essas coisas, plausíveis de se imaginar, agora estamos preocupados com o conteúdo, com a expressão, com o que vendemos.
Nossos filmes são muito criticados pelo apelo. “Por que mostrar tanta violência? Tanta pobreza?”
O que me enraivece agora é o fato das pessoas quererem tapar o sol com a peneira. Não fazemos filminhos pra fingir que nosso país é harmônico, não fazemos filminhos para fingir que as pessoas não morrem, que nossos heróis são perfeitos. Não vivemos o “doce sonho americano”. Um dia um avião cai.
Melhor deixar de sonhar e estar acordado.
Por que as pessoas criticam tanto a verdade que é retrata? Nossos políticos saem imunes sim... Pessoas cometem infrações no trânsito todos os dias, sem terem multas, sim... Existem homossexuais sim e existe relação sexual entre mulheres...
Eu queria saber por que ninguém comenta o fato da classe média e alta contribuírem com o tráfico? Por que ninguém fala sobre os jovens que ao comprarem drogas para se divertir inconscientemente, “inocentemente”, investem em mortes?
Então eu digo: Mauricinhos, Patricinhas, vocês são SIM responsáveis TAMBÉM pela morte de inocentes nas favelas, pelo aumento da criminalidade e pela nossa sociedade doente.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Liberdade!


Foto: Renan Duarte reage com sarcasmo à proibição de “Counter-Strike” (Foto: Renato Bueno/G1)
Nada melhor para o primeiro blog que trata sobre a liberdade um assunto polêmico, foi proibida a comercialização do jogo Counter Strike em todo Brasil.
"A venda dos jogos Counter Strike e EverQuest está proibida em todo território nacional. A decisão, tomada por um juiz da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais em outubro, começou a ser cumprida só na quinta-feira (17), em Goiás, pelo Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), de acordo com a assessoria de imprensa do órgão." Folha Online.
Vamos as justificativas:os jogos "trazem imanentes estímulos à subversão da ordem social, atentando contra o estado democrático e de direito e contra a segurança pública, impondo sua proibição e retirada do mercado", diz o nosso excelentíssimo juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz, responsável pela medida.
O que mais será proibido? Talvez devessem proibir os assaltos, os assassinatos, a corrupção(seria realmente legal), quem sabe poderiam proibir o "mensalão".
Num Estado fragmentado, como o nosso, com tantas faltas e falhas, é um grito de desespero. Não conheceço o jogo, não sei o quão violento ele pode ser, mas já vi meu irmão jogar muitos jogos bem violentos. Concordo que muito desses estimulos degenera o senso crítico da criança, principalmente daquelas que não têm base familiar sólida, mas também é necessário uma suscetibilidade genética. Sim, aquela regra um em um milhão. Talvez a porcetagem seja maior.
Infelizmente esse não é o caminho. Sendo assim, proibiríamos os filmes violentos: Pare Hollywood!!!!
A luta contra a violência se faz com educação, com bom exemplo, com segurança, com liberdade!
Sempre terão os suscetiveis, que precisarão de um pouco estímulo para desenvolver sua necessidade sanguinaria, esses deverão ser punidos e até mesmo re-estimulados positivamente.
O que não podemos é aceitar que o Estado, novamente, fragmentado, nos proíba de decidir, de jogar, de comprar. O Estado, deve proteger, deve sim, fazer leis, mas deve ser coerente com o direito de todo cidadão. Deveria ser comprovado o perigo real, mas o risco depende de várias variáveis, já citadas.
Partilho das idéias do Reginaldo Araújo, "Não conheço os jogos, mas considero um absurdo que o Estado através do Poder Judiciário influa na liberdade das pessoas, quando se sabe que coisas altamente nocivas como o cigarro o álcool a tortura praticada principalmente por agentes desse Estado, permeie a vida da sociedade; ademais que autoridade pode ter um Estado que escalpela as pessoas com uma carga tributária assombrosa que beneficia apenas cerca de 5% da população que se locupleta, rouba, extorque, enquanto nós que pagamos recebemos escolas que não alfabetizam, serviços de saúde que não funcionam, sem falar das outras obrigações constitucionais que não são cumpridas."
Encerro a defesa, por favor, senhores do judiciário, voltem a trabalhar em casos realmente necessários para a segurança nacional, paremos de brincar com o dinheiro público. E Senhores cidadãos usem seu direito de pensar. Sua liberdade máxima!!