segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Acidente



Andei pensando em alguns problemas que enfrentei e alguns que estou enfrentando, e cheguei a conclusão de que não existe motivo algum pra alguém sentir inveja de mim. Não existe ninguém que tenha essa coragem. Sou um pouco dramática demais, e às vezes me faço de vítima, mas qualquer um concorda comigo, que um acidente de carro no mesmo dia que coloco o mesmo carro pra vender é um tanto irônico. Graças à Deus, eu e minhas amigas estamos bem, o carro, não anda. A moto, que atravessou o sinal vermelho, não anda, o motoqueiro, também não. Ele também está vivo. Ainda bem, claro.
Bom, acredito, então, que ninguém sinta inveja de mim. Mas vem um sentimento estranho das pessoas. Um desejo que eu me sinta péssima e miserável pra sempre. Um ódio pela minha, às vezes falsa, capacidade de superação. Eu não compreendo.
Mas também existem muitas outras coisas que eu não compreendo. E muitas outras que vou continuar sem compreender.
Revejo meus textos, e vejo que hoje eles são mais complexos que antes, deve ser chato me ler, e também têm mais perguntas. Estou em busca da perfeição, mas a verdade, a mais pura e límpida verdade, é que eu não sei se vai dar tempo, pode ser que um dia termine tudo aqui, inacabado, incompleto, inacessível, imperfeito. E nem por isso deixará de ser belo...

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