domingo, 17 de maio de 2009

Velha é a vovozinha!!!




Antes de atendermos os pacientes temos esse costume de ler o prontuário do paciente, para saber da sua história, e entender um pouco dele, tornando a consulta mais fluída.
Pegamos essas folhas e lemos sobre tratamentos antigos, cirurgias, uma longa vida, e logo na minha cabeça se formou a imagem de uma velhinha entrando no consultório.
Quando chamamos pela paciente, que surpresa a nossa. Era de fato uma senhora, mas não parecia tão velha quanto imaginei, nem perto disso. Então, para constatar que a pasta estava correta conferi o nome e perguntei sobre sua idade, ao que ela respondeu:
_ Vou fazer 83 anos no fim do ano.
Ficamos boquiabertas. Ela tinha uma energia, uma juventude, contou-nos muitas coisas sobre sua vida, como era amada e como cuidava das pessoas à sua volta. Que ainda viaja pelo menos uma vez por ano. Que estava sempre se exercitanto. E que seu marido ainda era muito ciumento e que caminhavam sempre de mãos-dadas.
Contou que só teve um filho e o vizinho rico vinha sempre a visitar para comer, ou mesmo só para o café. Que a prefeita da cidade sempre estava lhe pedindo dicas de beleza.
Contou que era feliz.
E quando dissemos que todos os exames estavam normais, que não havia com o que se preocupar ainda por muitos anos, ela se emociou e nos abraçou.
Ansiosa, em pé, quase não esperando nós terminarmos de preencher os papéis ela queria ir embora contar ao marido que estava tudo bem.
E foi embora agradecida por tudo.
Em mim ficou uma sensação muito boa. Um desejo de uma velhice calma, cuidando de jardins e contando histórias para netos e bisnetos...
Agora sei que é possível, mas qual será o segredo?

sábado, 16 de maio de 2009

Minha meia é vermelha....




Eu gosto de moda. E não me importo com os preconcetios que vão formar na sua cabeça à meu respeito por isso. Esse é um detalhe importante, não se importar. Porque a vida só acontece pra quem não se importa com esses detalhes pequenos.
Estava lendo um blog que decobri a pouco tempo e que tenho gostado muito, e nele Lily Zemuner contou sem muito pesar de uma passagem em sua vida que me fez lembrar da minha adolêscencia e de como nossa sociedade hipócrita continua punindo as pessoas "diferentes". Continua querendo o correto, o igual e o padrão. E as pessoas comuns continuam se horrizando.


Não tive a oportunidade de comentar, mas houve um episódio na história da propaganda americana, no fim do ano passado, em que uma blogueira,tapada, viu uma mulher numa propaganda na internet, sobre café, foto acima, com uma esharpe que para ela lembrava a cultura islâmica, ela exigiu que cancelassem a propaganda porque a echarpe era "adorno costumeiro de terroristas muçulmanos que aparecem em vídeos decapitando pessoas e fazendo reféns". ( Eu sou louca???). Alguém precisa dizer para aquele povo: LET IT GO!!!

O pior, é que os donos da propaganda se desculparam e a retiraram do site. A diferença foi escurraçada, por algo que nem existia. Absurdo. Não há respeito entre as culturas! Nem comunicação. Ninguém quer ceder.


Sabe, eu poderia dizer como é difícil ser diferente, como riem das nossas meias vermelhas (eu já usei muitas),como apotam nossas roupas desconcertadas, nosss idéias inovadoras são rejeitadas, e às vezes somos escondidos por nossos amigos super defensores. Poderia... Mas não vou...


Vou dizer que os normais são quem perdem. Porque não se escrevem livros sobre pessoas normais,e se fazem, essas deixam de ser. Não se fazem filmes sobre pessoas normais, esolhem pessoas corajosas, que escalam montanhas, que são loucas, que viajam, que pulam, que amam, que esperam, que cantam, que desagradam, que fazem e que usam meias vermelhas. Nós fazemos história.
I wanna be Susan Boyle... rs



Reportagem BBC: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/05/080530_propagandapolemicafn.shtml

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mais mudanças...



Depois de muito tempo de indecisão simplesmente me acostumei com a idéia. Vou arrancar as madeixas...
Sou esse tipo de pessoa que não se importa em cortar o cabelo. Mas dessa vez acho que vou fazer um estrago. Vai ser estranho... rs Mas já estou gostando da idéia. Tenho falado tanto de mudanças, e nada me satifaz, no fundo ainda sou aquela menina com medo da cidade grande que só sabe reclamer da política e da guerra, e que só fala sobre o amor. Não quero perder essa menina. Mas precisa nascer uma mulher em mim.
Hoje mesmo alguém me falou que ainda carrego ares de transformação.
Ainda não sei quem sou.
E descobri uma coisa interessante sobre mim, não deveria atender pacientes em épocas de TPM. Hoje a paciente sofrendo, além da dor, todos os problemas emocinais e eu quase chorando junto... E eu não sou a pessoa mais sensível do grupo...
São essas mudanças...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Tenho medo de voar.

Não há limites para suas ações
Não há sonhos que não possa alcançar
Como o vento que passa por aqui agora
Não há valores, que não possa superar.

Não há nada que não possa fazer.
Não há estrela que não possa alcançar
tecnologias que não possa inventar
Mas tem um mundo pra quebrar.

Nem sempre sei do que se trata
Teus olhos iluminados, correm pelo meu corpo
Esperando respostas que não sei dar
Ansiosa por teu calor, não quero mais sonhar


Parecia que sabia tanta coisa, às vezes eu me sentia dessa forma, superior, por ter superado tanto... Não sabia que estava prestes à cair. A gente nunca sabe.
Nunca é o suficente na verdade. Nunca diga que não poderia ser pior. Sempre pode ser.
Não é que eu tenha desejado, ou algo assim, simplesmente não esperamos. Continuamos não esperando.
Não sei como será daqui pra frente. Quanta dor ainda vou ter que superar, mas sei que tudo pode acontecer. E pouco do que aprendi conta. Porque cada experiência é única.
Nada foi perdido, mas tudo é novo.
E eu posso estar errada. Não tenho mais medo.
Ou tenho. Mas agora, não me importo mais...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sinto falta de antigamente...



Eu queria uma porção de motivos para falar, mas nada parece realmente necessário.
Melancolia, é a única coisa qe sinto por enquanto. Um sorriso forçado. E uma votade drástica de desistir. Nem mesmo um único suspiro de alivio.
Sem arrependimentos, talvez... Mas também, sem muita açao ultimamente.
Sem muita coisa pra dizer, não é um bom sinal. É desespero.E eu quero gritar tantas vezes...
Só sinto falta de ser como antigamente e não me importar...
É mas fácil não se importar. Explicar é cansativo. Não ser compreendido é mais cansativo ainda.
E quando um vaso raro se quebra, nada, absolutamente nada pode restará-lo. É uma pena.