segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A corrida: Parte 2

Já se passaram três semanas e continuo firme e forte no meu obejtivo: Cair desmaiada na grama do Curupira. rs
Bom, continuo correndo neste parque e pra falar a verdade estou indo muito bem. Muito mais do que eu imaginava. É como alguém disse: o mais difícil é o primeiro passo. O segundo também. Assim como o terceiro, o quarto... E então, começa a ficar fácil.

É interessante como depois acabamos gostando da coisa. Mas conforme vai ficando fácil, vai perdendo a graça... Pois é, é nessa hora que a gente inventa.

Não satisfeita com minha dificuldade de correr no plano, resolvi encarar o morro.
Olhei para a pista recem pintada, me chamando. Eu estava sozinha. Era domindo à tarde. Uma tarde agradável e fresca.
Ok. Vou tentar.
Decidi que iria seguir meu ritmo, assim que não aguentasse mais, iria parar!
Os duzento primeiros metros eram os piores. Mais inclinados. Mas eu tina que, pelo menos, tenta.
Comecei bem. Cheia de ânimo e boa vontade.
Cinquenta metros depois e já respirava ofegante. Pronto, já quis parar.


Foi quando ele apareceu. 1,87m. Cabelos pretos lisos, olhos castanhos claros. Sem camisa. E que corpo!!! Parecia uma miragem.
Tenho que admitir, é ridículo isso. Mas fiquei com vergonha de parar. Bem no começo do caminho. Ia ser humilhante demais.
Então, respirei fundo e continuei. Depois de alguns passos, o morenos passou. E o desespero também.
E eu percebi que estava correndo bem.
E corri mais duzentos metros. Claro, tive que respeitar meus limites e depois voltei a caminhar, vômitando os pulmões... Mas estava satisfeita.

Foi interesse perceber que meus limites são muito mais flexíveis do que eu pensei.
Ver que quando a gente coloca um pouco de fé e determinação, as coisas podem acontecer.
O resto do caminho era muito mais fácil. E eu voltei a correr...

É difícil manter o objeto. As vezes não dá pra acreditar que vamos conseguir.
É nessa hora que devemos insistir. Re-iniciar. Perceber que com um pouco de esforço, a partir do primeiro passo vamos longe...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sobre Educação



Isso me faz lembrar do ginásio, ensino fundamental se você preferir. Aquela época boa da escola. Lembro que na minha antiga escola era marcada pela travessia de um portão.
Do lado de lá, está o primário. Aqui, somos gente grande, o ginasiado. Quando ganhávamos acesso àquela área tudo tomava uma cor diferente. Um significado diferente. Agora, nós vamos aprender sobre muitas coisas proibidas. Vão falar com a gente.
E de fato acontecia. Falavam sobre sexo, aborto, os dentes, AIDS... Tudo aprendi no ginásio. E aprendi muitas coisas mais... Sem essa malícia que pode ter passado por sua cabeça. Mas foram apenas lembranças que me pegaram agora. Boas lembranças. E sim, aprendi a amar também, no ginásio. Daquele jeito inocente e gostoso. Primeiro amor.
Tinha um professor, aliás, vários professores que costumavam dizer: “Educação, a gente traz de casa, não é o professor que ensina!” E essa frase era repetida várias vezes. Várias vezes ao dia. E às vezes ainda, era seguida de um sermão.
É difícil domar um bando de ginasiado, cheios de caraminhola na cabeça. Que pensam que vão finalmente ganhar o mundo e autonomia. Porque agora, não temos medo de falar. E já que nos falam tanto, queremos falar sobre isso também. E sobre o amor.
Dava trabalho domar aquelas mentes. Porque tinham tanto o que falar.
Lembro também, que eu tinha uma professora velhinha. Muito querida. Mas muito brava. Era um paradoxo, assim. E ela foi quem nos ensinou: “Sempre que alguém mais velho estiver falando, vocês devem parar para ouvir.”
E no fim, a gente recebia um pouco daquela educação também. Aquela que deveria vir de casa. Alguns, é claro, jamais aprenderiam.
E tinha uma hora do dia que ficava um silêncio inexplicável. Que nem o professor entendia. Parece que um tédio invadia a sala de aula. E os alunos, que antes eram diabinhos cheios de poder, se pareciam mais com anjinhos, esperando um motivo para o deixar de ser.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cachoeira


Imagem: fotolog.terra.com.br/poesiaearte:221

Você já reparou numa cachoeira
Na beleza das águas, no plural?
No tom de cores que se
transformam e depois
se reorganizam no final?
Mas essa era diferente
Era menos aparente
Feita de artimanhas
Nada do que eu conhecia
Desafiava a ciência.
A igreja, o céu.
A água era sugada para cima.
E tudo parecia tranquilo
naquele pequeno caos.
Tudo à sua volta era normal.
Eu, não entendia bem do que se
tratava
Apenas admirava minha pequena
insignificância
Pois não sou nada além de uma
água em trajeto habitual.

domingo, 4 de outubro de 2009

Let it go!



Estava assistindo um episódio de House e percebi quanta coisa a gente pode aprender se prestar atenção. Geralmente passamos boa parte do nosso tempo apenas vendo.
Ver...

Ver não é suficiente. Porque perdemos nosso potencial. Nossa essência.
Quando você repara, percebe que perdeu um ponto importante. Um pequeno detalhe, que no fim faz toda a diferença.
Assistindo aquela série, apenas por diversão, percebi tantas coisas.

Que isso aqui, é apenas um estágio. E cometar um erro, não é degradante. É apenas um dos estágios do desenvolvimento. O problema é não tentar.
E mesmo que não tenha mais jeito. Você deve seguir em frente.
Mesmo que não tenha volta. Que não tenha perdão.
Devemos continuar.

Mesmo que a dor pareça maior do que sua necessidade de respirar.
Mesmo que você queira se enfiar debaixo d´agua, esperando que seus lábios fiquem cianóticos.
Mesmo assim, você deve seguir em frente.

Peça desculpas, mostre o quanto você gostaria de mudar aquilo.
E não espere por aprovação.
Apenas, continue sua jornada.

Mesmo que aquele romance não tenha dado certo. Mesmo você achando que ele era perfeito para você. Mesmo que você tenha odiado não conseguir dormir com ele. Mesmo que você seja neurótica. Mesmo que você tenha quebrado algo importante. Mesmo que não consiga dizer verdades para aquele pessoa que merece tanto. Mesmo que você seja culpado pelo erro alheio. Mesmo que seu ponto de vista estivesse errado. Mesmo se sentindo manipulado e idiota.
Sempre haverá como superar.

Caminhe por lugares diferentes.
Se não for possível conhecer outros países, tente fazer um caminho diferente para sua casa. Ou corra ao contrário no Curupira. Troque de emprego. Ou de apartamento. Ou mude as disposições dos seus móveis. Conheça novas pessoas. Adquira um novo hobby. Ou simplesmente, olhe tudo de uma forma diferente.

Mas siga em frente.
Você vai perceber que existem outros ângulos. Outras verdades. E coisas mais importantes do que se conformar com o sofrimento. Com o arrependimento.
Faz parte da vida errar, sofrer, mas também faz parte, superar.
Não tenha medo de ser feliz. Mesmo que tudo esteja ao contrário.
É só mais um estágio.