sábado, 25 de abril de 2009

Velando teu sono


Todo esse tempo fiquei esperando você acordar, tinha um sono profundo, suave, parecia confortável. Assistia enquanto você dormia tranquilamente e sentia medo por você, do mundo. Durante um breve espaço de tempo você gemeu e franziu a teste, parecia ter um pesadelo, sentia medo também. Deitei do seu lado e cantei enquanto acariciava seu cabelo. Logo você se acalmou.
Por muitos quilômetros minha voz doce e melodiosa foi ouvida. Talvez conforte mais algumas famílias, eu pensei. Você não sentia mais medo. Eu ainda temia por nós. Toda força que vinha da minha fé ficava um pouco abalada quando pensava na nossa fragilidade. Sua pele branquinha, seu peito pequeno, sua respiração longa, nada garantia fortaleza. Nada palpável.
Eu me levantei, recostada à janela, cansada demais para dormir, pensei em contar as estrelas. Aquelas imagináveis, pois não se via mais. Tinha uma vaga lembrança de como era um céu estrelado. E voltei à minha infância. Quando eu me deitava na calçada e ouvindo histórias de todo tipo esperando uma estrela-cadente para fazer um pedido.
Voltei para o presente, amarguei a inexistência de esperança. Não havia possibilidades para pedidos. Era uma fraqueza junto com a sensação de perda.
Senti sede, mas ainda faltavam algumas horas para se ter água.
Foi uma noite longa...

Um comentário:

Guta Lepste disse...

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Espero q goste :)))
bjokas guta